Todo produto tem uma experiência agregada para quem utiliza. Pense num simples frasco de ketchup, o primeiro está em um frasco de vidro, com a tampa virada para cima, o segundo está em um plástico maleável com a tampa virada para baixo. Ambos contêm o mesmo produto, mas experiências completamente diferentes.

De forma ampla, um produto, físico ou digital, pode ser comparado ao Ketchup. Existem diversas boas práticas que podem ser usadas na criação de um produto para que a experiência do usuário seja a mais satisfatória possível. Para isso, algumas dicas são muito úteis nesse processo de desenvolvimento:

1 Dê feedback das ações realizadas

Quando o usuário clica em um botão, ou preenche um campo de um formulário, é ideal que ele receba um feedback dessa ação. As formas de fazer isso podem ser das mais variadas, desde uma alteração de estados do botão (quando sobreposto ou quando clicado); um loading informando que a ação está sendo executada; ou alertas na tela e/ou nos campos de um formulário que foram preenchidos de maneira errônea, por exemplo.

2 Dê contraste ao que é clicável

É provável que se uma ação não tiver contraste suficiente com as informações e com o background de um site, o usuário pode demorar a perceber ou ser impactado por ela. Utilizar um alto contraste em botões que indicam ações primárias guiam o olhar pela tela e influenciam na navegação. Pouco contraste ou a ausência de preenchimento pode transformar seu botão em um componente fantasma.

3 Ofereça poucas opções

Quando um usuário se depara com muitas opções de escolha, a assimilação e comparação de todas as informações é dificultada. Um cenário que pode ser observado é a escolha de planos ou pacotes de um determinado produto. É uma convenção que o plano indicado para o usuário esteja destacado na tela. Da mesma forma, é comum mostrar os diferenciais e características de cada produto de forma resumida, para que a pessoa interessada possa fazer uma rápida comparação.

4 Utilize as convenções

Existem várias convenções que são amplamente utilizadas em sites e aplicativos o que facilita a experiência de navegação de um usuário. Ela deixa a interação mais fácil e rápida, como, por exemplo, logos no canto superior esquerdo dos sites.

Todos esses padrões, chamados de heurísticas, são cenários que já foram testados, pesquisados ou se desenvolveram junto com o design de interface ao longo do tempo. Utilizar essas convenções não é copiar designs ou não possuir criatividade, são boas práticas que facilitam a utilização do seu produto e permitem que o usuário gaste seu tempo absorvendo a informação que realmente importa, tanto para você quanto para ele.

Atualmente existem várias pesquisas de usabilidade e testes de interface que são feitos para validar as funcionalidades de um produto, e o comportamento dos usuários sobre determinados assuntos. Uma referência desse universo é o Nielsen Norman Group, uma empresa de consultoria em interface e experiência do usuário com ampla experiência no mercado. Vale lembrar que nenhuma convenção é uma regra, são apenas dicas de bons comportamentos que podem ser utilizados no seu projeto. O mais importante é sempre respeitar e valorizar as especialidades de cada produto, garantindo que o usuário possa ver nele o diferencial da sua marca, e as vantagens de utilizá-lo.